sábado, 28 de abril de 2012

As novas vozes


Por não deixar de ser um Mix, a Música Popular Brasileira deixou de ter a cara da Elis Regina, Maria Bethânia e Gal Costa. Há alguns anos, em entrevista à Folha de São Paulo on line, a excêntrica cantora Céu expôs: o rótulo de cantora de MPB ficou limitado. Mas acredito que limitada mesmo vem ser a percepção de nós brasilienses. No quesito das novidades culturais, Brasília está muito aquém dos espetáculos que Sampa e Rio proporcionam. Não diminuo as revelações candangas, jamais. Mas ao questionar um brasiliense ele sempre recordará de nomes como Legião Urbana, Capital Inicial e, pra quem gosta, até Rick e Renner.

Abaixo, vídeo da cantora Céu e seu irmão, Diogo Poças, com música irreverente, deliciosa de se escutar: “Na que te diz respeito”

O intuito deste artigo, então, é trazer nomes de cantoras que vêm compor o cenário brasileiro, com revelações não apenas nacionais. Algumas delas são indicadas primeiramente a prêmios estrangeiros. Pelos seus nomes talvez não as conheça, mas vira e mexe têm canções delas nas novelas globais e suas participações no programa Som Brasil. Para aqueles que passam um bom tempo no trânsito brasiliense, seja indo ao serviço ou à faculdade, ou aos dois... vale escutar a rádio Nova Brasil FM (estação 97,5). Todas as cantoras aqui relacionadas batem ponto na programação da Nova. Sem falar nas promoções que a rádio oferece.

A primeira delas vem em proporção avassaladora: Myllena. Conhecida como Drª. Myllena, esta mineira é também médica, ficou nacionalmente conhecida quando foi revelação da Garagem do Faustão em 2009. Voz doce, é também parceira de composição do cantor Vander lee e Isabella Taviani. Mas confesso que a conheci procurando loucamente pelo trecho da música “Meu jeito”, através de uma gravação feita pelo celular, de parte da música quando passava na rádio. Mas os créditos ficarão para a música “Quando” e “Eu não queria ter razão”... Esta última vale para aqueles que se preocupam com pouco... pois vem retratar que, como nas palavras da cantora, “todas as brigas de amor são pelo mesmo motivo, você briga pra ver quem tem razão... E essa canção foi sobre uma pessoa que descobriu o óbvio: eu não queria ter razão, eu queria ter você”.


A segunda, fará show aqui em Brasília amanhã, na Sala Villa Lobos, no Teatro Nacional, às 20h. Roberta Sá, que já é detentora de uma vendagem de DVD de ouro, fez participações incríveis com artista brasileiros, como no DVD de Ana Carolina. Lançou seu primeiro disco em 2004.

Não duvido suas canções serem enquadradas em praticamente todas as novelas, como Monique Kessous. Falando nesta, qual noveleiro não lembra da trilha de Cordel Encantado, a faixa “Coração”. Esta música está estourada em todas as rádios do Brasil. Mas não dá pra deixar de falar das músicas “Levo minha vida assim” e “Sonhos”. Monique regravou a música de Peninha como um belo Tango. Vale conferir:


São nomes que, talvez até o momento, só tenha um familiar.
Vamos então para a paulista que se encontrando em Paris com Seu Jorge, foi convidada para abrir seus shows na turnê européia: Mariana Aydar. Iniciou em 2000, voltou ao Brial em 2005 e já em 2007 teve sua trilha em novela global.

Formada em Psicologia, Anna Ratto iniciou em 2003, teve participação no especial do Raul Seixas pelo Som Brasil. Com três álbuns, até o momento, só ouvi uma música sua na rádio: “Seja lá como for”.



Bruna Caram até meu vizinho escuta... Ou seja, dificilmente alguém ainda não a conheça. Seu primeiro álbum é datado de 2006. Trouxe a música que mais gosto dela: “Fim de Tarde”. Tem um vídeo no YT com suas primas trigêmeas que cantam essa música homenageando-a, é uma tragédia, mas não deixa de ser bonitinho....


A última que apresento é Ana Cañas. Graduou-se em música em 2007, é também recordista nas estações de rádio brasileiras.


Certa vez, um professor meu de Processo Civil, disse que esse tipo de música é “plano de fundo para conversa alheia”. Jamais esqueci dessa frase... Até porque, concordo com ela. Esse estilo musical não é para baladas. Mas, nada melhor que música de qualidade para harmonizar o ambiente de uma boa conversa, não é mesmo?

Espero que apreciem as novas vozes da “MPB”.

sábado, 21 de abril de 2012

A introdução inevitável


Então chegara o dia em que esse Blog precisaria de uma reformulação. Sejam bem vindos ao Blog sem censuras, sem frescuras, unindo o que nada mais, nada menos, seja inevitável. Esse nome surgiu da miscelânea de situações, pensamentos e pessoas que nos cercam. E eu não digo daquilo que está simplesmente ao nosso redor, mas aquilo que de fato está ao nosso lado. Quem não tem um amigo tão próximo que pensa totalmente o oposto de você? Não são apenas casos onde envolvem religião, futebol e política, como a decisão dos “deuses” sobre bebês anencéfalos, sobre o Barça ou Santos, ou sobre “Onde está o Governador de Brasília?”. É exatamente sobre tudo, onde o meu foco é não me importar se vão gostar, mas sim se vão comentar, com suas opiniões favoráveis ou contrárias.

Quer melhor que isso? Um espaço para você escrever sobre gastronomia, sobre um bom livro, o concurso dos sonhos e a conquista almejada? Sobre o que fazer em Brasília, ou fora dela? Para onde viajar, o que visitar? Que peça assistir, ou que petição discutir? E vou mais longe, ou nem tanto... É melhor a azeitona preta ou a verde?

Na nossa própria família, por vezes acreditamos que não fazemos parte deste todo, pensamos totalmente o contrário em algo que a criação não permitiria pensar.

Esse mix representa atitudes, posturas e por que também não dizer de caráter. Claro... Talvez o que seja bom pra você não seja bom pra mim. Mas o intuito não é encontrar o bem comum de todos nós... Enquanto houver desigualdades, não existirá esse tão esperado bem. Mas como Rousseau, vamos ter a liberdade para escrever como nosso valor supremo, limitando o conjunto dessas letras a uma única baliza: não podemos escrever calúnias, ou desrespeitar o nosso próximo. Questão de opinião não é desrespeito, vejam bem, não vamos confundir. O juízo que se forma de algo estará ligado a tudo que essa pessoa viveu, ao conjunto de ideias que ela terá de determinado assunto, o que, necessariamente, também merece respeito.

Inevitavelmente, conviveremos com pessoas que, por sorte, não pensam como nós. Afinal, pensar para logo existir não é uma máxima apenas cartesiana, mas é sinal de que vivemos, respiramos e estamos em constante aperfeiçoamento (tá bom que algumas pessoas parecem regredir...). Sempre espero que mesmo as contrariedades me complementem, que me façam analisar e retirar de qualquer situação, algo de bom, algo que poderá ser um aprendizado.

Veremos em que se tornará esse Blog.

Que dia melhor para o primeiro artigo que o aniversário de Brasília? Terra onde as misturas se fundam e se confunde, onde o nosso anseio era ter uma praia, mas acreditamos que, se a tivéssemos, estragaria...